O riso é a menor distância entre duas pessoas. Eugéne Ionesco
Eu diria mais: o riso é a menor distância entre o desafio e a solução.
O contrário também considero verdadeiro: o mau humor é a maior distância entre duas pessoas, entre o desafio e a solução. Conceição Trucom
Osho perguntava: por que as pessoas têm tanto medo de morrer?
Na sequência ele respondia: porque as pessoas têm muito medo de viver...
Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe - Oscar Wilde.
Meditar é preciso...
Sinto que para viver, é preciso estar no mundo real dos fatos, no aqui e agora, e perceber o momento presente. É preciso que estejamos atentos ao que dizem nosso corpo, nossa mente e nosso coração diante de cada situação a nossa volta.
Se o que eles nos dizem causa uma sensação integrada de superação, alegria e paz, podemos ser felizes: simples...mente felizes! Mas se a mente passar para o coração e para o corpo somente ilusões visuais e sensórias, não poderemos ser felizes, porque estaremos nos distanciando do real, dos fatos, das oportunidades de mais consciência e luz. Inclusive, sem meditar, perdemos a capacidade de escutar e se comunicar com todas as partes do nosso Ser.
É da natureza humana se deixar conduzir pelo inconsciente coletivo e pelas cargas culturais e genéticas. Desse modo, damos enorme espaço para emoções e sentimentos que exaurem as energias e impedem as realizações individuais.
O mais sábio que podemos fazer para reverter esse estado 'robótico' da humanidade, narrado e constatado por tantos filósofos (e por nós mesmos), é mantermos em estado de alerta as nossas múltiplas percepções e inteligências latentes, para, assim, sairmos da caverna e permanecermos felizes fora dela.
O mito da caverna
Este mito, narrado por Platão no livro VII da República (aprox. 399 a.C.) coloca em evidência o problema filosófico que se apresenta quando pensamos em aparência (ilusão) e realidade. Trata-se de uma alegoria sobre a predileção humana pelo que está envolto em névoa, pelo caminho que evita a mudança e o novo a todo custo, e se satisfaz com a ilusão das zonas de conforto.
O propósito de Platão foi registrar o fato de que a maioria das pessoas (faz 2500 anos) vive com um véu sobre os olhos, o que lhes dá apenas uma noção distorcida de si mesmas e do mundo.
Imagine um grupo de indivíduos acorrentados em uma caverna escura, iluminada apenas por uma grande fogueira atrás deles. Esses homens da caverna podem enxergar apenas sombras de si mesmos e outras imagens tremeluzindo nas paredes diante dos seus olhos. Essa é a realidade deles.
A maioria deles é desprovida de imaginação; outros são indiferentes e simplesmente aceitam essa realidade sem especulação. As mentes questionadoras observam os padrões mais claros e tentam entender seu mundo. Ainda assim, a verdade os ilude: meras sombras.
Um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes e escapa da caverna. Emergindo para a luz do dia, esse fugitivo é cegado pela luz e pode ver somente uma representação imperfeita da realidade. Com o tempo, esse indivíduo acostuma seus sentidos com o novo ambiente e vê as coisas mais claramente: a paisagem, o céu e a iluminação do sol. Mais que isso, a sua liberdade natural.
Essa alma recém-iluminada um dia volta à caverna e tenta espalhar a notícia do novo mundo que existe além dos confins da caverna. Qual será a resposta dos habitantes da caverna? Eles corajosamente irão até onde esse indivíduo foi e realizarão a árdua, porém compensadora viagem para fora da escuridão e em direção à luz?
De acordo com Platão, não. Eles estariam mais propensos a matar o que se permitiu enxergar a luz, porque ele é uma ameaça ao estado das coisas já estabelecido.
Adoro ler, estudar, refletir sobre estes temas. Não é à toa que escrevi o livro Mente & Cérebro Poderosos, e tenho os alfarrábios de um novo filhote: Quero viver num planeta que ri.
Aproveitando, segue um pequeno texto que acabo de receber sobre o Entusiasmo:
“Ser entusiasmado é ser leve. Pessoas entusiasmadas não dão desculpas diante das situações, elas enfrentam os desafios com coragem. Elas aproveitam todas as oportunidades para crescimento pessoal e para benefício dos outros. As palavras e ações delas têm o poder de gerar entusiasmo nos outros. Pessoas entusiasmadas são leves. Elas sabem desfrutar a beleza da vida porque não se deixam influenciar pelo desânimo. Elas usam ao máximo sua própria força interior e capacitam outros a usarem suas virtudes também. Pessoas entusiasmadas se tornam uma fonte de luz para todos aqueles que entram em contato com elas.”